Clube dos desgostos

quatro mulheres falam de amor e outros contratempos

Recaídas e Memórias

Apesar de ter tentado ser a pessoa forte-independente-determinada-consciente após o término de um ano e meio de namoro (o meu "record", by the way!) e manter-me fiel à minha decisão (eu não desisti, eu tomei UMA atitude em relação àquilo que era o prolongamento de uma situação irrecuperável) ; é mais que natural que surjam as conhecidas como "RECAÍDAS".

Volta e meia um lugar, uma música, uma situação... E tudo volta à memória, por momentos. 

Nestas alturas, pode parecer mais fácil e tentador nos lembrarmos de tudo aquilo que estava a correr mal e nos segurarmos a isso como apoio a uma teoria de "foi mesmo melhor assim..."  

Eu admito que face ao que estava a correr mal, sinto-me feliz como estou agora. Livre, Viva, Completa, Eu. Mas esforço-me por recordar tudo aquilo que passei de bom com ele. Porque sim, foi muito o que dei e recebi (culpas de lado, agora...).

E sim, ELE foi das únicas pessoas que me conseguiu cativar a ponto de "tentar", "não desistir" , "apostar" naquilo que tínhamos! Após um tempo que eu sempre considerei "eterno demais" , nós ainda partilhavamos sorrisos, disparates, gargalhadas, desejo, atracção, paixão.

Infelizmente, mais recentemente, algo roubava os nossos momentos perfeitos..as discussões...as intoleráveis discussões... A minha vontade é apontar-lhe o dedo, gritar que a culpa é dele, toda dele... Mas eu sei que não sou perfeita. Ele até pode ser melhor pessoa que eu. Eu cometi a minha dose de erros. Mas de que vale esta troca de culpas quando aquilo que me estava a destruir, era o vazio que eu sentia quando, sempre que estava com ele, era reprimida com censuras irreais...

Atribuir culpas deixou de ser relevante. Tomei a decisão que saberia ser a melhor para mim. Não me arrependo. Insensível? (Seria o que ele diria...)


Afastando-me agora deste assunto, pretendo contudo transmitir que não sou uma pessoa que vive como se a vida fosse eterna.
E não sou de todo alguém que vive um relacionamento como se fosse "para sempre".
Que "isto vai durar para sempre" são palavras que se dizem hoje, face à situação como ela se encontra hoje. Hoje e mais nenhum dia!
Por isso, reforço a mensagem : Nada foi tempo perdido. Para além da constante aprendizagem e experiência, passei momentos únicos que fizeram todo o sentido naquele momento.



Eu não "procuro" ninguém, eu não "quero" ninguém. Estas são frases que é muito provável ouvirem de mim.
Mas o facto de eu não querer ninguém, não quer dizer que eu um dia não queira alguém...!
Apenas, o "alguém" definido como ser inexistente não me diz nada. Não me diz nada "ter que estar com alguém".
Agora se eu encontrar "alguém" - ser humano específico, após um processo de interacção social - aí sim existe a possibilidade de um "querer"... 

haha...Confusos?

Tentei...

Vicky

6 comentários:

Emma disse...

Como tu própria o disseste, não desististe, apenas tomaste uma atitude. Não esperas apaixonar-te mas se acontecer não o negarás.

Dizem que o ser humano não foi feito para estar sozinho...Eu esforço-me por acreditar nisso, apesar de neste momento achar que vou ficar sozinha para o resto da vida...

Porque é que os homens tiveram (ou têm) tanta influência assim em nós?Bahhhh...Às vezes apetece-me chorar até adormecer de cansaço...

De qualquer forma, Vicky, estás no teu caminho certo porque assim o traças. Caiste, levantaste-te e seguiste em frente. De certa forma invejo-te porque também queria conseguir levantar-me e seguir em frente...Pode ser que aprenda algo contigo.

Beijo

Emma

6 de junho de 2009 às 17:47  
David disse...

A paixão vem e volta hoje tiveste uma recaída amanha levantas com uma paixão ainda enorme tens tempo para encontrar quem te entenda e que tu o entendas e dai se vai criar o amor e ai sim não vais ficar sozinha vais ter sempre alguém ao teu lado que te apoie em tudo. Óbvio tirando as compras bahhhhh lol.

7 de junho de 2009 às 09:18  
Thaís A. disse...

É sempre chato terminar :/ Vai na capricho, na coluna da Liliane Prata, ela escreveu uma manual sobre isso :B

7 de junho de 2009 às 13:20  
Ocram disse...

Sei bem aquilo k sentes, pois já passei por isso...e dói mto duvidarem do quanto "tentamos"k desse certo, das coisas que fizemos e nunca tinhamos feito antes... mas não adianta, talvez um dia eles entendam...e descubram nos pequenos pormenores o quanto foram "diferentes" pra nós.

E isso de não procurar é o k eu digo sempre... há pessoas k me dizem: tenho de encontrar alguém, tenho k procurar alguém...a minha resposta é sp a mesma: "esse tipo de coisas nc se procura, nc pode ser quase k uma obrigação...são coisas k se encontram, kd menos se espera até, são coisas k acontecem".

BjinhOoo****

8 de junho de 2009 às 05:18  
JoanaRita disse...

é tão difícil ser forte ... :C

10 de junho de 2009 às 06:12  
neo disse...

Olá Vicky
Saúdo as tuas palavras ante a mudança. O teu bom senso em quereres acreditar que o amor não se procura, acontece inevitavelmente quando menos o esperamos. Esforço-me por tentar compreender as mulheres numa sociedade poligâmica, repartir pacientemente e em consciência o ser que é o veículo do nosso amor a um projecto? Mas se calhar elas não têm um projecto...ou não sentem o amor como nós o sentimos, com um sentido de posse e de afirmação da nossa sedução sobre o outro.
Gostava de saber se há um factor comum às três que compôem este clube dos desgostosos: A Ema, a Ocram, a Vicky:
Por exemplo, os cheiros, que perfumes usam, usavam, se se perfumavam na hora do abraço...
Se gostavam da totalidade dos cheiros dele, da pele, do sexo, da boca.
Sabes, é que estou convicto que as discussões entre um casal, grande parte das vezes, são um pretexto comprometido para dizer adeus, de tentar sair por de cima do problema sem coragem para o enfrentar e afrontar sem preconceitos.
Foi um prazer estar aqui neste blog de que sou já uma parte intrinseca.
Beijos de amizade

11 de junho de 2009 às 07:30