Clube dos desgostos

quatro mulheres falam de amor e outros contratempos

Almost normal...

Estava aqui a pensar o quanto me entristece algumas atitudes, cada vez mais minoritárias (ainda bem), por parte da sociedade portuguesa. Falo das manifestações homofóbicas contra a tão justa nova legalização do casamento homossexual.

Isto tudo para dizer que um dos meus melhores amigos - sim, ele é gay - recomendou-me um filme deveras interessante. Apesar de eu achar que pelo facto deste filme querer passar uma mensagem importante a toda a força, perder um pouco no teor de acontecimentos lógicos da história... Mas cada qual poderá ter a sua própria opinião. Chama-se "Almost normal".

Continuo a aconselhá-lo. E isto porquê? Porque mostra uma diferente perspectiva do "normal".
Estamos perante um quarentão homossexual que de repente entra em coma e nesse período, "entra" num novo mundo em que regride à sua adolescência. Acontece que nesse mundo, é tudo ao contrário. Ser gay é maioritário e normal e os hetero são discriminados. Não me vou alongar sobre a história mas posso destacar algumas partes curiosas: Ele no mundo "normal" era rejeitado por ser gay e incompreendido pela família; eis que aqui ser hetero é que é "contra-natura" numa sátira que combina a discriminação contra os homossexuais numa nova perspectiva!

O ponto forte é, na minha opinião, ver um casal heterossexual (nesse tal "mundo") que quer fazer algo tão simples, como ir ao baile de finalistas e dar as mãos , e todos os condenam e dizem que é NOJENTO. Que o amor é nojento!

Ora, eu como mulher heterossexual, penso: E se o mundo fosse ao contrário, para mim? E se todos fossem diferentes de mim e eu não tivesse direito a ser aquilo que sou?

Penso que a partir daqui, todos percebem a mensagem.
Uma reflexão a fazer.

5 comentários:

Sim, uma boa reflexão a ser feita. Uma boa sugestão de filme.

Será que um dia as pessoas vão perceber que o que nos diferencia são nossas atitudes, ideais?
Isso tem a ver com muitas coisas: opção sexual, cor da pele, classe social.
Tem muito a ver, também, com indiferença, algo que vai me matar, qualquer dia.

Eu também tenho amigos homossexuais, que são uns amores.

Disseste muito bem, deste uma ótima sugestão!

Beijos.

17 de janeiro de 2010 às 14:38  
Onurb disse...

Muito bom mesmooo, uma óptima reflexão a ser feita. E se fôssemos nós os "anormais" como a maioria das pessoas apelida os homosexuais? Eu tb tenho alguns amigos assim e até acho que são das pessoas mais fantásticas que pode haver neste nosso mundo..e talvez os "anormais" sejam akeles que não entendem que somos livres pra amar quem e o que quisermos:)
Beijinhooooo*******

p.s. e hj vou fazer o meu post!senao amanha começo mais uma jornada de trabalho e n tenho tempo.. tou bem atrasada nestas actualizaçoes da minha vida.

18 de janeiro de 2010 às 06:24  
G. disse...

Concordo completamente!
Os preconceitos tal como nos explica a filosofia não são mais d que ideias mal formuladas.
Obrigada pelo teu comentário =P
Beij

18 de janeiro de 2010 às 16:43  
Emma disse...

a sociedade em que nos encontramos gosta de repudiar tudo o que é diferente sem sequer pensar duas vezes..há falta de tolerancia e aceitação!!!

***

24 de janeiro de 2010 às 06:45  
Cleo disse...

Eu penso que o facto de ser gay nao faz da pessoa boa ou má, alias nao torna a pessoal em nada especial ou diferente, é uma opção como gostar mais de azul e menos de roxo por exemplo, acho que devia ser encarada com normalidade. Há muitas outras coisas a que devia "ser apontado o dedo" como os crimes violentos que temos hoje em dia, mas não as pessoas olham e reagem mais depressa a um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo do que a alguem ser assaltado(a) em plena luz do dia, neste ultimo caso "fecham os olhos", calam-se e seguem as suas vidas como se nada fosse...


Cleo

24 de janeiro de 2010 às 16:40